Ricardo Casarin

&nbsp;Liberdade energética refere-se à capacidade de uma pessoa, comunidade ou nação de atender suas necessidades energéticas de forma autossuficiente e sustentável, sem depender de fontes externas ou de recursos limitados e prejudiciais ao meio ambiente.

A ideia é alcançar um grau de independência energética que permita controlar a geração, distribuição e consumo de energia. Essa abordagem visa promover maior autonomia, reduzir custos de energia e minimizar o impacto ambiental associado à dependência de fontes não renováveis.

Alguns dos principais elementos da liberdade energética incluem:

A forma mais viável de obter liberdade energética é por meio da autoprodução de energia elétrica. Um consumidor que vive em uma área remota, sem acesso a rede elétrica por exemplo, pode conseguir isso utilizando um gerador. Porém, um equipamento movido a diesel o tornaria dependente da compra do combustível. Com um <a href="https://meufinanciamentosolar.com.br/dicas/para-voce/energia-solar-fotovoltaica-como-funciona">sistema de energia solar fotovoltaico</a> acompanhado de baterias, a autonomia seria maior, além de ser uma alternativa mais sustentável e ambientalmente correta.

No Brasil, as duas formas mais indicadas para conquistar a liberdade energética são a geração distribuída e o <a href="https://meufinanciamentosolar.com.br/dicas/para-voce/como-vender-energia-solar">mercado livre de energia</a>.

A <a href="https://meufinanciamentosolar.com.br/dicas/para-voce/financiamento-energia-solar-fotovoltaica-geracao-distribuida">geração distribuída</a> é o conceito de produção de energia elétrica próxima ao ponto de consumo, utilizando principalmente fontes renováveis, como solar, eólica, biomassa ou pequenas hidrelétricas. Em vez de depender de grandes usinas centralizadas, os consumidores podem gerar parte ou toda a energia que utilizam.

A GD contribui para a liberdade energética das seguintes formas:

O mercado livre de energia permite que grandes consumidores escolham de quem comprar a energia que consomem. Em vez de serem obrigados a comprar energia da distribuidora local, como ocorre no mercado regulado, os consumidores podem negociar diretamente com produtores e comercializadores de energia.

Como o mercado livre contribui para a liberdade energética:

Tudo sobre a <a href="https://meufinanciamentosolar.com.br/dicas/para-voce/homologacao-energia-solar">homologação de energia solar</a>

Realmente vale a pena produzir a própria energia?

Produzir a própria energia pode valer muito a pena, dependendo de alguns fatores como custo inicial, economia a longo prazo e impacto ambiental. Aqui estão alguns pontos a considerar:

O cenário brasileiro da liberdade energética

Até 2019, somente consumidores com demanda superior a 3.000 kW tinham direito de escolher o fornecedor. Portarias assinadas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em 2018 e 2019 reduziram essa régua regulatória anualmente até 2023, quando a demanda mínima foi estabelecida em 500 kW.

Em 2022, o MME publicou a Portaria 50, que estendeu a todo o Grupo A, que reúne consumidores de energia elétrica em média e alta tensão, o direito de escolher o fornecedor, beneficiando um conjunto de 202 mil unidades consumidoras.

Dessa forma, consumidores de média e alta tensão, o equivalente a uma conta de luz maior que R$ 10 mil por mês, ganharam o direito de migrar ao mercado livre de energia a partir de 1º de janeiro de 2024, desde que auxiliados por um comercializador varejista.

Antes da Portaria 50, somente os consumidores do Grupo A com demanda maior de 500 kW – uma conta de luz equivalente a R$ 140 mil, em média – podiam migrar para o mercado livre de energia.

Como resultado da portaria, em 2024 o Brasil subiu seis posições no ranking global de liberdade do consumidor de energia, elaborado pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). O país passou de 47º para 41º em relação ao levantamento de 2023.

O Ranking Internacional de Liberdade de Energia Elétrica da Abraceel analisa 56 países que instituíram algum nível de abertura no mercado de energia elétrica, através de dados apurados anualmente pela Agência Internacional de Energia (IEA).

Com as novas regras, o Brasil ultrapassou a Argentina, Uruguai, Peru, Panamá, Guatemala e Colômbia. O país se tornou o segundo mercado de energia mais liberalizado da América Latina, ficando atrás apenas de El Salvador, que ocupa a 33ª posição geral.

Para consumidores residenciais, a única opção para obter maior liberdade energética ainda é a geração distribuída, com a instalação de painéis solares. Existe perspectiva de abertura total do mercado livre de energia no país até o final da década, mas o processo ainda está sob discussão.

Confira também: <a href="https://meufinanciamentosolar.com.br/dicas/para-voce/retorno-do-investimento-em-energia-solar">Payback energia solar</a>

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